Você pode até não admitir, mas
também sofre da síndrome da competitividade constante (e desnecessária).
Dizeres como “a mulher não se
arruma para os homens, mas para outras mulheres” são mesmo clichê, mas fazem total
sentido, e a paixão das mulheres pela moda é prova mais do que segura disto. Não
se engane: Seu namorado acha ridículo aquele seu shortinho com bolsos de
lantejoulas para fora, fica mini-assustado quando você usa sombra neon e não se
importa se o vestido da moda é um “peplum”, ele gosta mesmo daquele tubinho da
estação passada que te deixa (muito) gostosa. E mesmo assim, o que é que a
gente escolhe? Pois é, os modelitos das vitrines. Por que mais nos vale um
olhar feminino de inveja do que um olhar masculino de desejo.
Maluquices femininas a parte, e racionalmente
falando, qual é o sentido dessa nossa mania de competir com todas as outras
mulheres? Nem Freud explica. Perdemos tempo nos vestindo de uma maneira que, na
maioria das vezes, sequer nos agrada. Acordamos mais cedo pra dar tempo de
fazer maquiagem, vamos pra a academia em dias de preguiça e, o que é pior, nos
forçamos a ser quem não somos para agradar pessoas com quem não nos importamos,
e que também não se importam com a gente. De fato não faz nenhum sentido.
Você sabe que amadureceu quando
para de viver para o outro, porque compreende que a vida é um presente só seu,
do qual você tem a irrenunciável obrigação de desfrutar. Você para de usar
sapatos lindos e desconfortáveis, para de se importar se a sua bunda ou o seu
cabelo não fariam inveja pra a vizinha da frente, e, o melhor de tudo, para de
abdicar de si mesma por uma competição inútil. Você segue tendências, sim, mas
só se combinarem com o seu estilo. Você se cuida, mas se cuida pra você. Porque
o olhar do outro deixa de ser o centro da sua vida. E aí você passa a ter muito
mais tempo para a única coisa que importa nessa vida que é ser feliz. Quando se
ocupa em amar a si mesma e às pessoas que te amam, você deixa de perder tempo
empenhando-se em competir com pessoas desimportantes, que não acrescentam
nada, não mudam nada, só sugam tempo e energia. E aí a vida passa a fazer todo
o sentido do mundo.
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