quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Você não quer ser feliz – Sobre pessoas que se boicotam





Essa trilha sonora http://www.youtube.com/watch?v=a17_P7B4TOQ promete uma leitura mais gostosa.

*
 
É um dia lindo lá fora. Há flores no caminho que você faz todos os dias. Há amor nos olhos que você vê todos os dias.
Há o sol, exuberante. Há milhares de possibilidades de ser feliz, mas você não quer. Você insiste em mergulhar na sua própria amargura, como se isso pudesse te salvar.
A verdade é que algumas pessoas simplesmente se boicotam – não são felizes porque não querem ser.  Estão ocupadas vivendo dias idênticos, igualmente monótonos. Suas retinas simplesmente não suportam a beleza, seus braços não alcançam a alegria que está bem diante do seu nariz.
Eu, honestamente, não tenho medo de ser acusada de romântica e utópica ao falar de amor, doçura e alegria em um mundo cinza, com pessoas vazias que repetem “mais amor, por favor”, como um exército de robôs inconscientes, mas fazem questão de guardar o vazio nos corações.  Eu falo de sensibilidade num mundo em que ninguém mais consegue se olhar nos olhos – porque escrever é isso, poder criar o seu próprio mundo.
É incompreensível como algumas pessoas simplesmente não enxergam a beleza – tão acessível – e seguem maldizendo o universo, como se um dia ruim fosse a certeza de outras centenas de dias ruins, de um mundo ruim.
Sinto uma agonia imensa em ver tanta gente perdendo vida. Desaprendendo a sorrir, fechando os olhos para a imensa beleza que cada dia traz consigo.
É claro que existem dias ruins – afinal, não haveria luz se não fosse a escuridão. Existe a maldade, existe a amargura, existe o desamor. Existem milhões de dilemas e tristezas com os quais não sabemos lidar. Sempre foi (e, arrisco dizer, sempre será) assim.
Mas estamos aqui para a felicidade. Devemos estar a postos. Sempre haverá uma mão amiga em uma escalada difícil, sempre haverá o dia depois de uma madrugada triste, sempre haverá o sorriso depois de algumas lágrimas – que regarão o seu crescimento.
Tira essa máscara de tristeza e de amargura. Tem um mundo lindo lá fora, com milhões de pessoas igualmente lindas. Tem tanto amor pra viver, tantos lugares pra ir, tanta gente pra conhecer, tantos dias vão amanhecer e até quando você manterá a sua janela fechada?
Ser feliz todos os dias – apesar dos pesares - não é utopia. Utopia é esperar que tudo se encaixe no seu ideal de vida perfeita para poder ser feliz.


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A verdade por trás da frieza



Observar o que leva as pessoas a ser quem são é uma das coisas mais curiosas da vida, e eu sempre gostei de matar meu tempo com isso. Na maioria das vezes não encontro qualquer resposta: O chato é chato porque gosta de sê-lo e ponto final. Algumas coisas simplesmente são, e não se pode querer mudá-las ou mesmo compreendê-las.
                Vez ou outra esse tipo de reflexão sem sentido me leva a algum lugar, como, por exemplo, enxergar a autodefesa por detrás da arrogância e a solidão por detrás da frieza.
                Eu não me canso de repetir: autossuficiência é afrodisíaca. Nós gostamos de estar perto de pessoas que se bastam. Agem como se não precisassem de nada nem ninguém, e isso é fascinante.
                É preciso, entretanto, enxergar além: ninguém é tão autossuficiente a ponto de não precisar de amor. O amor não é dispensável nem pelo mais autêntico dos seres. Todos nós dependemos dele. Não importa se você não gosta de abraços ou declarações: Existem muitas formas de amor, inclusive as omissas, e você, decerto, precisa de alguma delas.
                A verdade por detrás da frieza é uma necessidade descomunal de amor. Uma necessidade tão grande que não consegue se revelar – fica subentendida, por medo de represálias. Por medo de não saber como manifestar-se.
                É difícil e até arriscado falar com tanto desprendimento dos sentimentos alheios (ou da falta deles). Mas é fácil reparar: Pessoas frias não sofrem da ausência de sentimentos. Elas apenas os suprimem, os guardam tão bem guardados que não conseguem compartilhá-los. E, em meio à falta de habilidade para sentir e amar, vem a solidão. Solidão que essas pessoas fazem questão de degustar – preferem o inferno da abstinência de amor, a terem que livrar-se de suas armaduras, de seus medos, de seus escudos, tamanha a dor que o desabrochar dos sentimentos lhes causa.
                Frieza não é falta e nem ausência. É excesso: de amor e de intensidade. A frieza só espera um abraço espontâneo, um sentimento que transborde pelos olhos e não precise de palavras, para que possa permanecer ali – intacto – em uma redoma de monossílabos vestidos de medo, sem que se tenha que pagar o preço com a solidão dos que pensam que não sabem amar. Mas sabem. Acredite –Eles sabem.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sobre gente que não gosta de gente

Sempre achei de uma estranheza medonha gente que não gosta de gente. É como não gostar de si mesmo, da sua própria condição. Rechaçar a própria espécie é algo, no mínimo, assustador. Vale parafrasear a minha mãe, reconhecendo sua sabedoria: Cada doido com sua mania.
Se este for o seu caso, antes de começar a justificar para si mesmo o porque de tamanho desgosto com a sua própria espécie – e, consequentemente, com a própria condição humana, tente se lembrar de cada ser humano bonito que já passou pela sua vida.
É claro que existem os assassinos, estupradores, canalhas, calhordas, ogros, imbecis, e outros dignos de vários adjetivos igualmente repugnantes, mas a beleza fascinante da raça humana está longe de ser superada pela maledicência de alguns.
Assim como existem seres humanos desprezíveis, existe aquela pobre senhora que, mesmo sobrevivendo com dificuldade da sua mísera aposentadoria, te lança um sorriso doce toda vez que passa por você. Existe aquele homem que te prestou uma informação mesmo estando visivelmente apressado. Existe aquele amigo que jamais te abandonou, aquela vizinha que te avisou quando foi visita na sua casa e você não estava, aquela atendente que foi simpática mesmo ao te atender perto do encerramento do expediente, aquele homem que te encontrou numa rua deserta e, mesmo podendo te fazer qualquer mal, limitou-se a dizer “tenha cuidado ao andar a essa hora.”
Não, a vida não é um mar de rosas, e ainda bem, porque se o fosse, seria uma completa monotonia da qual eu, particularmente, iria querer fugir. Os seres humanos têm a capacidade de pensar e sentir, e isso, decerto, tem consequências. Há a maldade, há o lamentável, há o medíocre – mas o mais medíocre mesmo é desacreditar da vida e das pessoas. O desprezível é que te leva a valorizar o que de fato tem valor. O amargo é que torna o seu paladar sensível à doçura. Deguste por aí – o mundo ainda está cheio de pessoas lindas e doces.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Por que o belo tem um quê de esquisitice



Gosto do que pouca gente se dá conta. Gosto, por exemplo, dessas pessoas que usam roupas fora de moda. Essa gente que usa a saia do verão passado, sem, absolutamente, se importar com isso. Exalam alegria consigo mesmas naquele vestido há muito longe das passarelas, e que coisa linda!
Gosto de ver pessoas acordando. Dá uma sensação de intimidade deliciosa um bom dia descabelado de quem quer que seja. Gosto de ouvir música nova, mesmo que não seja necessariamente nova: basta que eu nunca tenha ouvido.
Gosto mesmo de descobrir o inesperado. Se não gosto de pagode, quero logo descobrir uma boa música de pagode (ao menos uma) pela qual eu me apaixone perdidamente. Se não gosto de uma banda, vou ao show.  Sempre esperando descobrir algo maravilhoso que me faça mudar de idéia.
O mesmo eu costumo fazer com as pessoas. Sempre gostei de ser amiga do patinho feio, e não confunda isso com piedade. É que pessoas incompreendidas exercem um certo fascínio sobre mim. Ao contrário, pessoas que gostam de chamar a atenção geralmente não chamam a minha. Gosto de gente exótica pela própria natureza. Gente que acredita na gente, que aceita a gente.
Dessas pessoas que mudam de emprego, de cidade, de cabelo, de casa, de opinião... Essas pessoas desapegadas de dogmas e regras inúteis, que se apegam apenas ao que importa: valores e pessoas. 
Gosto, principalmente, da doçura. A doçura exagerada que para muitos é irritante, comigo é tiro e queda: Caio de amores. O sarcasmo forçado como artefato patético para chamar a atenção me faz soluçar de tanto rir. Só gente estúpida precisa se esconder.
Gente sincera me ganha também. Aquela sinceridade sempre conveniente de te dizer o que você precisa ouvir, sem jamais te magoar. Gente que não precisa de pequenas mentiras para agradar. Agradar com verdades é uma arte pra poucos, e eu gosto dos poucos.
Gosto de belezas incompreendidas, estrambóticas, que beirem o esquisito. O belo nunca é monótono. É estranho, inconveniente, inimaginável. É aquilo que não se revela, mas espera ser descoberto.

domingo, 4 de agosto de 2013

12 coisas que os internautas modernos precisam aprender - e com urgência.


   1.       Comida foi feita pra comer, não pra fotografar;

   2.       Ainda não descobriram qual é a melhor coisa de um relacionamento, mas definitivamente não é mudar o status do facebook;

   3.       O número de ‘curtir’ no seu status não traduz o quão legal você é. Por mais idiota que uma coisa seja, haverá sempre muitos idiotas pra curtir.

4.       Haghtags desnecessárias são um saco;

5.       Ninguém quer saber pra onde você vai partir;

6.       Só compartilhe algo com seus amigos se isso for interessá-los. Se você gostou, mas o conteúdo não é útil pra ninguém, não faz o menor sentido compartilhar. O botão “curtir” foi feito pra isso.

   7.       Ninguém precisa saber todos os lugares em que você foi, então, manera no chec-in (Especialmente os do tipo “Na minha humilde residência”, né?;

   8.       Grupos no facebook são feitos pra encontrar pessoas, sim, mas não precisa postar uma foto por dia com a legenda “querendo alguém pra me esquentar nesse friozinho”; Cheira a desespero.

9.       Seria legal abdicar de 15 minutos de facebook pra ler regrinhas ortográficas, né? Português correto, no mínimo.

10.   Se você saiu pra curtir a noite, curta a noite. Não precisa postar no instagram a cada dez minutos, só pra os seus amigos saberem o quanto o seu sábado está sendo legal.

11.   Foto fazendo careta também é desnecessário. Descubra outro jeito de mostrar que você é bonito (a) de qualquer jeito.

12.   E, é claro, é sempre bom lembrar: Viver é melhor que postar.